segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Olaria vence e está na final do Torneio Washington Rodrigues

Na segunda semifinal do Torneio Washington Rodrigues, melhor para o Olaria. Neste domingo, o time da Rua Bariri derrotou o Nova Iguaçu por 3 a 1 e se classificou para a final do Torneio Washington Rodrigues, contra o Resende, no próximo domingo.
O JOGO
Sob forte calor, as duas equipes ainda se estudavam em campo quando o Olaria teve um pênalti a seu favor. Renan Silva abriu o placar, logo aos cinco minutos de jogo. O Nova Iguaçu sentiu o gol relâmpago e foi atrás do placar. Pressionou até chegar ao seu gol, aos 33. O meia Uallace chutou bem para empatar a partida. No segundo tempo as duas equipes procuravam o gol a todo momento, mas quem se deu melhor foi o alvianil da Rua Bariri. Fabinho, aos 35, deixou o Olaria na frente mais uma vez. Com o placar a favor, o time da Zona Norte administrou a partida e ainda teve tempo de ampliar. Renato Cardoso, de pênalti, deu números finais à partida: Olaria 3 a 1.

Assessoria de Imprensa: Uruan Júnior/ Agência FERJ
Foto: Úrsula Nery/ Agência FERJ

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Gordura no fígado em " Dicas de Saúde" com a Drª Raquel Fossari

A gordura no fígado é chamada de esteatose hepática, que pode desencadear inflamação, com desenvolvimento de hepatite. Nos casos mais avançados, pode progredir para cirrose e falência hepática.


A GORDURA NO FÍGADO É UMAS DAS CAUSAS DE CIRROSE HEPÁTICA



Quais são os fatores de riscos de gordura no fígado?


Álcool
Obesidade
Triglicerídeos aumentados
Colesterol HDL (colesterol “bom”) baixo
Hipertensão arterial
Glicemia aumentada


O diagnóstico de esteatose hepática é cada vez mais freqüente e acompanha o crescente aumento de casos de obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2. A deposição de gordura no fígado pode ser encontrada em até 90% desses pacientes.



O álcool é uma das causas de esteatose hepática. Muitas pessoas pensam que beber apenas uma vez por semana não é fator de risco, mas se nesta única vez o consumo é excessivo o risco pode ser semelhante a uma ingestão diária.

A principal causa de esteatose hepática não alcoólica é a síndrome metabólica, definida pela presença de três ou mais dos critérios abaixo:



FATORES DE RISCO VALORES
Circunferência abdominal
Homens >102cm
Mulheres >88cm
Triglicerídeos >149mg/dl
Colesterol HDL
Homens <40mg/dl Mulheres <50mg/dl Pressão arterial >129/84mmHg
Glicemia de jejum >109mg/dl

Outras causas e condições associadas à esteatose não alcoólica: hepatite C e B, infecção por HIV, esteatose hepática aguda da gravidez, uso de fármacos como corticóides e estrogênio, perda de peso rápida, cirurgia de derivação intestinal, entre outras.


A gordura no fígado apresenta sintomas?

A maioria dos pacientes não apresentam sintomas. No entanto, 20 a 30% se queixam de fadiga e desconforto na parte superior do abdome, principalmente à direita.
No exame físico, encontramos obesidade e/ou aumento do fígado em 75% dos casos. Em pacientes com cirrose, podem ser encontrados olhos amarelados (icterícia), barriga d`água (ascite), inchaço nas pernas e desnutrição.

A MAIORIA DAS PESSOAS SÃO ASSINTOMÁTICAS



Como é feito o diagnóstico?

Podemos detectar a esteatose hepática através de exames de sangue e de imagem, muitas vezes em avaliações de check up.
A alteração laboratorial mais freqüente quando há inflamação é a elevação das enzimas do fígado (AST: aspartato aminotransferase; ALT: alanina aminotransferase). Outras enzimas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamil transferase (γ- GT) também podem estar elevadas.
Devem ser avaliados também os níveis de colesterol, triglicerídeos , glicemia de jejum e a curva de tolerância à glicose.
Os exames de imagem (ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética) mostram o acúmulo de gordura no fígado e complicações associadas.
A biópsia do fígado é a retirada de um fragmento do órgão com a utilização de uma agulha. É o exame mais confiável para o diagnóstico de esteatose hepática e permite definir a gravidade da doença. No entanto, por ser um método invasivo, apresenta riscos e deve ser indicado de forma criteriosa.

Qual é tratamento da gordura no fígado?

As modificações do estilo de vida são muito importantes tanto para prevenção quanto para o tratamento da doença.
A prática regular de atividade física é um passo muito importante, pois ajuda a perder o peso, diminuir o colesterol e corrigir anormalidades metabólicas, aumentando o efeito da insulina. Deve-se perder peso com cautela, pois a perda rápida pode provocar piora da inflamação.




Na obesidade, além de dieta e exercícios físicos, podemos usar medicamentos como o Orlistat e avaliar cirurgia bariátrica (redução do estômago).
Deve-se controlar o colesterol, o diabetes, e evitar o uso de medicamentos que tenham como efeito adverso a esteatose hepática.
Medicamentos como silimarina, ácido ursodesoxicólico, vitamina E e C apresentam resultados controversos, mas como não apresentam contra-indicações e podem diminuir os radicais livres no fígado, são utilizados na esperança de ter uma ação benéfica.
A metformina, usada em diabéticos , também pode ser prescrita em casos de esteatose hepática reduzindo a quantidade de gordura acumulada e melhorando os exames de sangue.
As glitazonas, apesar do ganho de peso inicial que podem ocasionar, mostra resultados promissores no tratamento da gordura no fígado.
O uso do álcool deve ser evitado, pois é um fator de risco para acúmulo de gordura no fígado e é uma das principais causa de cirrose hepática.


CUIDE BEM DO SEU FÍGADO:

- PRATIQUE EXERCÍCIOS FÍSICOS
- TENHA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
- EVITE O USO EXCESSIVO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS

Drª Raquel Fossari



Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Residência Médica em Clínica Geral pelo Hospital Central da Aeronáutica.
Residência em Gastroenterologia pelo Hospital Federal de Bonsucesso.
1º Tenente médico gastroenterologista da Força Aérea Brasileira.