sábado, 26 de junho de 2010

A Copa do Mundo da FIFA a quatro vitórias

A Copa do Mundo da FIFA entra na sua fase mais emocionante com o início das oitavas de final. Nos mata-matas, tudo pode se decidir com um lance genial ou um passo em falso.

Os Estados Unidos terminaram no primeiro lugar do Grupo C, à frente da Inglaterra, com quem empataram em 1 a 1. O próximo adversário dos americanos será Gana, que venceu a Sérvia por 1 a 0 e perdeu da Alemanha pelo mesmo placar. Esta é a quarta vez que a seleção americana chega às oitavas de final, algo que certamente contribuirá para a popularização do futebol no país. Já os ganeses contarão com o apoio de toda a África para tentarem chegar às quartas de final pela primeira vez na história.

Na outra partida do dia, o Uruguai volta a aparecer entre os 16 melhores selecionados do planeta após 20 anos de espera e uma campanha impecável no Grupo A, com duas vitórias, um empate, quatro gols marcados e nenhum sofrido. A garra e a virilidade típicas dos uruguaios agora se somam à elegância e à técnica, encarnadas por exemplo no astro Diego Forlán. O adversário da Celeste será a surpreendente e perigosa Coreia do Sul, que desenvolve um futebol veloz e vistoso.

As partidas do dia
Uruguai x Coreia do Sul, Nelson Mandela Bay/Port Elizabeth, 16h locais (11h de Brasília, 15h de Lisboa)
Estados Unidos x Gana, Rustemburgo, 20h30 (15h30 de Brasília, 19h30 de Lisboa)

O jogo
Estados Unidos x Gana
Aproveitando o apoio da sua numerosa torcida, a maior entre os estrangeiros que estão na África do Sul, os Estados Unidos chegaram às oitavas de final na base da coragem e da determinação. Os americanos se recuperaram no placar duas vezes, arrancando empates de Inglaterra e Eslovênia, antes de se classificarem com um gol marcado nos acréscimos do jogo contra a Argélia. Bob Bradley, que já comandou equipes de juniores, soube integrar diversos jovens à uma seleção bem entrosada que mostrou por que chegou à final da Copa das Confederações da FIFA no ano passado. O grande ponto fraco dos americanos continua sendo a defesa: embora inflexível nas bolas aéreas, o selecionado encontra dificuldades nas reposições rápidas.

Do outro lado, a finalista da Copa Africana de Nações em janeiro deste ano já repetiu o desempenho que teve na Alemanha 2006. Gana conta com jogadores atléticos na defesa e um meio-campo talentoso e aplicado. Embora os Estrelas Negras criem diversas oportunidades de gol, eles têm encontrado problemas para aproveitá-las: desde o começo do torneio, marcaram apenas dois gols, ambos de pênalti.

O duelo
Diego Forlán (URU) x Park Ji-Sung (KOR)

De um lado, Diego Forlán, 31 anos, 64 jogos e 26 gols pela seleção; do outro, Park Ji-Sung, 29 anos, 93 jogos e 13 gols pela seleção. De um lado, a Celeste Olímpica, bicampeã do mundo; do outro, a Coreia do Sul, nação em plena evolução no futebol internacional e que se chega às oitavas de final pela primeira vez em oito anos. O atacante uruguaio, autor 17 gols em 98 jogos com a camisa do Manchester United, e o meia sul-coreano, que também marcou 17 vezes em 148 jogos no clube, nunca se encontraram no Estádio Old Trafford. Eles vão se conhecer pessoalmente no Estádio Port Elizabeth.

O que eles disseram
"Defender bem não é crime, é virtude." Oscar Tabárez, técnico do Uruguai, que ainda não sofreu gols neste Mundial

Prata da casa. Para vencer a Copa do Mundo da FIFA, ter um treinador da mesma nacionalidade que a equipe parece ajudar bastante. Pelo menos é o que mostram os 18 campeões do torneio desde a primeira edição, em 1930. No Mundial deste ano, 11 das 32 seleções participantes são comandadas por estrangeiros: África do Sul, Gana, Austrália, Camarões, Paraguai, Costa do Marfim, Suíça, Chile, Honduras, Grécia e Inglaterra.

A lei das séries. Primeiro campeão do mundo da história e último país a selar vaga na África do Sul 2010, o Uruguai volta regularmente ao centro das atenções a cada duas décadas. O país ficou com a taça em 1930 e 1950, foi semifinalista em 1970 e chegou às oitavas em 1990 — desempenho já igualado este ano, após 20 anos de ausência. Por ironia do destino, antes da estreia na Cidade do Cabo, a Celeste havia vencido apenas uma das últimas 16 partidas que disputou na Copa do Mundo da FIFA: 1 a 0 sobre a Coreia do Sul em 1990.

Ambiente familiar. Poucas vezes uma edição da Copa do Mundo da FIFA foi tão "família". O americano Michael Bradley socorreu a equipe do pai Bob Bradley ao marcar o gol de empate no 2 a 2 com a Eslovênia. Já o meio-campista eslovaco Vladimir Weiss é o sucessor ilustre e homônimo do pai, treinador da equipe nacional, e do avô, ex-jogador da extinta Tchecoslováquia. O ganês André Ayew é filho do ídolo Abedi Pelé. O mexicano Javier Hernández, que balançou as redes na vitória de 2 a 0 sobre a França, é neto de Tomas Balcázar, que também marcou um gol contra os franceses, mas na derrota por 3 a 2 na Suíça 1954. Além disso, três irmãos — Jerry, Wilson e Jhony Palacios — defendem a seleção de Honduras na África do Sul 2010, algo inédito na história da competição. Também inédito é o fato de dois irmãos estarem em lados opostos do campo em uma partida do Mundial: foi o que aconteceu com o ganês Kevin-Prince Boateng e o alemão Jérôme Boateng, que se enfrentaram na terceira rodada do Grupo D da África do Sul.

A Copa do Mundo da FIFA entra na sua fase mais emocionante com o início das oitavas de final. Nos mata-matas, tudo pode se decidir com um lance genial ou um passo em falso.

Os Estados Unidos terminaram no primeiro lugar do Grupo C, à frente da Inglaterra, com quem empataram em 1 a 1. O próximo adversário dos americanos será Gana, que venceu a Sérvia por 1 a 0 e perdeu da Alemanha pelo mesmo placar. Esta é a quarta vez que a seleção americana chega às oitavas de final, algo que certamente contribuirá para a popularização do futebol no país. Já os ganeses contarão com o apoio de toda a África para tentarem chegar às quartas de final pela primeira vez na história.

Na outra partida do dia, o Uruguai volta a aparecer entre os 16 melhores selecionados do planeta após 20 anos de espera e uma campanha impecável no Grupo A, com duas vitórias, um empate, quatro gols marcados e nenhum sofrido. A garra e a virilidade típicas dos uruguaios agora se somam à elegância e à técnica, encarnadas por exemplo no astro Diego Forlán. O adversário da Celeste será a surpreendente e perigosa Coreia do Sul, que desenvolve um futebol veloz e vistoso.

As partidas do dia
Uruguai x Coreia do Sul, Nelson Mandela Bay/Port Elizabeth, 16h locais (11h de Brasília, 15h de Lisboa)
Estados Unidos x Gana, Rustemburgo, 20h30 (15h30 de Brasília, 19h30 de Lisboa)

O jogo
Estados Unidos x Gana
Aproveitando o apoio da sua numerosa torcida, a maior entre os estrangeiros que estão na África do Sul, os Estados Unidos chegaram às oitavas de final na base da coragem e da determinação. Os americanos se recuperaram no placar duas vezes, arrancando empates de Inglaterra e Eslovênia, antes de se classificarem com um gol marcado nos acréscimos do jogo contra a Argélia. Bob Bradley, que já comandou equipes de juniores, soube integrar diversos jovens à uma seleção bem entrosada que mostrou por que chegou à final da Copa das Confederações da FIFA no ano passado. O grande ponto fraco dos americanos continua sendo a defesa: embora inflexível nas bolas aéreas, o selecionado encontra dificuldades nas reposições rápidas.

Do outro lado, a finalista da Copa Africana de Nações em janeiro deste ano já repetiu o desempenho que teve na Alemanha 2006. Gana conta com jogadores atléticos na defesa e um meio-campo talentoso e aplicado. Embora os Estrelas Negras criem diversas oportunidades de gol, eles têm encontrado problemas para aproveitá-las: desde o começo do torneio, marcaram apenas dois gols, ambos de pênalti.

O duelo
Diego Forlán (URU) x Park Ji-Sung (KOR)

De um lado, Diego Forlán, 31 anos, 64 jogos e 26 gols pela seleção; do outro, Park Ji-Sung, 29 anos, 93 jogos e 13 gols pela seleção. De um lado, a Celeste Olímpica, bicampeã do mundo; do outro, a Coreia do Sul, nação em plena evolução no futebol internacional e que se chega às oitavas de final pela primeira vez em oito anos. O atacante uruguaio, autor 17 gols em 98 jogos com a camisa do Manchester United, e o meia sul-coreano, que também marcou 17 vezes em 148 jogos no clube, nunca se encontraram no Estádio Old Trafford. Eles vão se conhecer pessoalmente no Estádio Port Elizabeth.

O que eles disseram
"Defender bem não é crime, é virtude." Oscar Tabárez, técnico do Uruguai, que ainda não sofreu gols neste Mundial

Prata da casa. Para vencer a Copa do Mundo da FIFA, ter um treinador da mesma nacionalidade que a equipe parece ajudar bastante. Pelo menos é o que mostram os 18 campeões do torneio desde a primeira edição, em 1930. No Mundial deste ano, 11 das 32 seleções participantes são comandadas por estrangeiros: África do Sul, Gana, Austrália, Camarões, Paraguai, Costa do Marfim, Suíça, Chile, Honduras, Grécia e Inglaterra.

A lei das séries. Primeiro campeão do mundo da história e último país a selar vaga na África do Sul 2010, o Uruguai volta regularmente ao centro das atenções a cada duas décadas. O país ficou com a taça em 1930 e 1950, foi semifinalista em 1970 e chegou às oitavas em 1990 — desempenho já igualado este ano, após 20 anos de ausência. Por ironia do destino, antes da estreia na Cidade do Cabo, a Celeste havia vencido apenas uma das últimas 16 partidas que disputou na Copa do Mundo da FIFA: 1 a 0 sobre a Coreia do Sul em 1990.

Ambiente familiar. Poucas vezes uma edição da Copa do Mundo da FIFA foi tão "família". O americano Michael Bradley socorreu a equipe do pai Bob Bradley ao marcar o gol de empate no 2 a 2 com a Eslovênia. Já o meio-campista eslovaco Vladimir Weiss é o sucessor ilustre e homônimo do pai, treinador da equipe nacional, e do avô, ex-jogador da extinta Tchecoslováquia. O ganês André Ayew é filho do ídolo Abedi Pelé. O mexicano Javier Hernández, que balançou as redes na vitória de 2 a 0 sobre a França, é neto de Tomas Balcázar, que também marcou um gol contra os franceses, mas na derrota por 3 a 2 na Suíça 1954. Além disso, três irmãos — Jerry, Wilson e Jhony Palacios — defendem a seleção de Honduras na África do Sul 2010, algo inédito na história da competição. Também inédito é o fato de dois irmãos estarem em lados opostos do campo em uma partida do Mundial: foi o que aconteceu com o ganês Kevin-Prince Boateng e o alemão Jérôme Boateng, que se enfrentaram na terceira rodada do Grupo D da África do Sul.
fifa.com

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